quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Formação

Confesso que seria bem próprio de meu perfil psicológico fazer do blog um diário onde eu depositasse informações pessoais, demonstrasse sentimentos, tentasse compartilhar. Ou ainda, continuar postando letras e links de canções que gosto e tenho ouvido. Mas não! Essa não é a essência do que quero fazer agora. Pretendo dar um rumo no meu BLOG ( talvez reflexo do querer dar sentido à própria vida ). Portanto, de hoje em diante, tentarei expor aqui o caminho que escolhi para mim: A FOTOGRAFIA.
Sou um fotógrafo. Quero registrar aqui, para que fique anotado em algum lugar, que hoje me considero, enfim, fotógrafo. Não acho necessário abordar a recorrente questão do amador x profissional. Não! Apenas fotógrafo, explico:
Desde nascidos, minha irmã (1980) e eu (1981), sempre fomos bastante fotografados por nossos pais, assim como acontece na maioria das famílias. Não sei que câmera meu pai utilizava à época, mas tenho na memória a imagem de uma câmera bem pequena, de uso amador, certamente. Lembro-me de brincar com ela e me divertir botando o olho do lado inverso da ocular para ver, deformadas, mais distantes que a olho nu, as coisas ao meu redor. Me lembro do cuidado que tinha a minha mãe ao colocar as fotos, freqüentemente reveladas, sempre em álbuns com datas e referências. Assim voaram os anos 80.
Em 1991 nos mudamos para Cuiabá – MT e, com menos recursos financeiros, as revelações não eram mais tão freqüentes. Mas as centenas de fotos colecionadas nos anos anteriores sempre eram revisitadas.
Em 1995, quando completei 15 anos, recém chegado de Cuiabá para São Paulo, ganhei de presente uma Yashica MG-3, e passei a fotografar novamente. Mas longe, bem longe do pensamento fotográfico. Assim, de rolo em rolo, fotografei mais uma década de minhas experiências, chegando ao terceiro milênio fascinado pelas compactas digitais.
Disseram-me em 2004, quando escolhi uma Canon A410, que era bobagem, logo estaria perdida numa gaveta. Não aconteceu bem assim. Fotografei muito com ela, muito mesmo. Tanto que em um ano queimou seu sensor digital. Felizmente a Canon concordou em substituir a A410 por uma A430 nova, que tenho até hoje.
Nestes tempos já me era evidente que a fotografia estava profundamente ligada a mim. Logo tive uma Sony H2, que me acompanhou nos primeiros ensaios técnicos, e a Nikon D80 que é minha ferramenta principal hoje.
Enfim, não quero fazer uma retrospectiva tediosa sobre minha vida pregressa, quero apenas compreender e compartilhar com os mais íntimos a real dimensão da arte fotográfica em minha vida.
Concluo dessas breves reflexões que não sou músico, não sou bancário, não sou físico, não sou engenheiro nem motorista. Sou fotógrafo, pois é isso que motiva minhas ações, opções, investimentos, destinos, enfim, meus olhos.

Em 1983, Eu, meu Pai e minha Irmã.

5 comentários:

João Bittencourt disse...

Salve Alexandre,
Gostei bastante do seu texto. Ele traduz de forma resumida a sua paixão pela fotografia.
Abraço

Ronin disse...

Fotografia é uma coisa particular, cara. Por isso é tão fascinante.
A velha história de que o mundo seria bom se todos fossem iguais a um tal sujeito, não cola para quem é fã da arte de escrever com luz.

Abraços e muitos cliques.

Unknown disse...

Meus parabens seu texto traduz tudo o que sentimentos em fotografar .Nao o simplesmente a fotografia e sim a magia que esta dentro de nois em cada click . A arte de fotografar estar alem do profissinalismo ou do amador e uma coisa que sinto emenciamente em fotografar simplestemente a arte de me emcionar e transmitir isso as outras pessoas ou mesmo a mim mesmo .
O que posso disse amo fotos.
BJ

Unknown disse...

eu também sou fotógrafa. de outro jeito, mas sou!

ótimo achar por aqui!

Helô Cuente disse...

pois escreva - ou publique imagens - mais vezes. sabe que adoro tuas fotos! as palavras também fluem bem.